- 25/09/2018
- Posted by: AmanMorbeck
- Categories: Educação financeira, Finanças pessoais
Você já ouviu falar sobre a importância de “viver um degrau abaixo”? Se tiver familiaridade com o mundo das finanças pessoais sua resposta será “sim”. Mas o que realmente conta – e que faz toda a diferença na saúde financeira – é colocar esse sábio conselho em prática.
E o que significam essas quatro palavrinhas? Que mesmo que possamos consumir em determinado padrão, não precisamos fazer isso. É mudar a mentalidade e passar a pensar, por exemplo, que o ganho mensal é um pouco menos do que realmente recebemos.
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Aprendi a fazer isso quando passei a tratar minhas finanças pessoais com a seriedade que ela merece e comecei o processo de ajustes. Por quê? Porque se gastamos tudo o que ganhamos (e muitas vezes até mais, fazendo dívidas), o que sobra para investir, o que sobra para nos garantir presente e futuro melhores?
Viver um degrau abaixo significa não “torrar” tudo o que ganhamos, vivendo com um pouco menos do que poderíamos para termos o suficiente para as despesas regulares e para os investimentos. Se os ganhos mensais (sempre valores líquidos) são de R$ 2.500, os gastos não podem ser iguais ou maiores do que isso, caso contrário não há como poupar para investir.
E quando acontece de aquele dinheiro extra cair nas mãos – aumento salarial, bônus, participação no lucro etc. No seu caso, o que você faz? Já pensa em economizar e investir ou em gastar, comprando aquilo que estava desejando há um tempo? Pode ser também que vá correr atrás do prejuízo, cobrindo cheque especial ou pagando contas atrasadas.
Viver um degrau abaixo na prática
Significa ter controle sobre as finanças, respeitar o orçamento e o planejamento estabelecido de forma que, mesmo que surja a tentação de gastar o que tem (ou pior, o que não tem), você faça escolhas conscientes para não apenas “aparentar” que tem dinheiro, que “pode” consumir isso ou aquilo, mas para realmente alcançar seus objetivos de riqueza no futuro. Melhor do que parecer rico é ser rico de verdade.
É não fazer dívidas – e aqui estão incluídos parcelamentos com cartão de crédito ou carnês, uso de cheque especial, empréstimos, financiamentos. Porque quando você compra algo utilizando essas modalidades que listei, isso significa que está usando dinheiro que não é seu, que está dando um passo maior do que pode, que está vivendo acima de suas possibilidades, ou seja, com mais degraus acima e não um degrau abaixo.
O que fazer?
Qual é a recomendação principal quando começamos a mudar nossa atitude em relação ao dinheiro? Pagar-nos primeiro no mínimo 10% (quanto mais, melhor) do que ganharmos e termos responsabilidade no gasto dos 90% restantes. Exemplo:
Ganhos mensais: R$ 1.000,00
10% para investimento: R$ 100,00
90% para gastos: R$ 900,00
Em seguida, está o foco na construção da reserva de emergência ou patrimônio mínimo de sobrevivência que vai trazer a tranquilidade necessária para você lidar com imprevistos, como perda de emprego, doença, carro quebrado etc. Para isso, é necessário ter investidos num ativo com liquidez (ou seja, que permita resgate parcial ou total a qualquer momento sem perda de rendimentos) pelo menos seis vezes o valor de seus gastos mensais. Exemplo: gastos mensais: R$ 1.000,00 –> Reserva de emergência: R$ 6.000,00.
Se quiser ser mais conservador(a), a reserva pode corresponder a 10 meses dos gastos mensais, por exemplo. Essa é uma recomendação principalmente para quem é autônomo, profissional liberal, PJ, que tem zero de garantia trabalhista.
Para quem já atingiu a reserva de emergência, o próximo passo é delinear um planejamento financeiro que inclua as demais reservas financeiras para as diferentes etapas da vida, como a aposentadoria, e também para outros planos e sonhos ao longo do caminho.
Dívidas x investimento
Mas com dívidas no orçamento, como pensar em investimento? Por isso, mesmo sendo repetitiva, volto a destacar o quanto é importante eliminá-las e evitá-las. Dependendo do tamanho delas e da possibilidade de negociação, você pode pagá-las aos poucos enquanto investe paralelamente (em nosso Curso sobre Finanças Pessoais e Planejamento Financeiro você compreende como isso é possível).
Não negligencie a importância do planejamento financeiro em sua vida e comece hoje mesmo a mudar seus hábitos e a investir para vivenciar presente e futuro melhores.
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Escrito por Amandina Morbeck
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