- 10/12/2018
- Posted by: AmanMorbeck
- Categories: Finanças pessoais, Planejamento financeiro
Certamente que é o primeiro passo, mas planejamento financeiro não é só preencher planilha com orçamento para você ver seus ganhos e seus gastos no mês e ficar por isso mesmo. Algumas pessoas com quem converso – bem como alunos que chegam para fazer o Curso sobre Finanças Pessoais e Planejamento Financeiro (veja detalhes aqui) -, muitas vezes fazem planilha todos os meses e eu pergunto: o que isso muda em relação ao controle de gastos e aos investimentos? A resposta: nada. Realmente, a maioria de nós nada investe e essa sensação de “controle financeiro” por listar entradas e saídas não passa de ilusão.
O que observar no planejamento financeiro
A primeira coisa é realmente ter seus ganhos e seus gastos (orçamento) planilhados ou listados (escolher a forma que for mais fácil para você) por 12 meses e de posse dessa informação sobre de onde vem e para onde vai seu dinheiro, tomar atitudes para mudar a realidade. Ou seja, ver o que você pode diminuir ou eliminar de vez – e também, se for o caso, negociar dívidas – para começar a construir uma vida financeira mais saudável, poupando e investindo no mínimo 10% dos seus ganhos líquidos – inicialmente, para formação de sua reserva de emergência (veja o que significa aqui).
A partir do momento em que você se compromete a cuidar melhor do seu dinheiro, pare imediatamente de fazer dívidas também, o que inclui parcelamento no cartão de crédito, utilização de cheque especial, contratação de empréstimo ou de financiamento, autorização de débito em conta-corrente, compra para pagamento por meio de carnê etc. Comece a viver dentro “do seu tamanho”, com o que você realmente pode contar, que é o quanto você recebe mensalmente (líquido).
Assista aqui ao vídeo no qual falo sobre inadimplência x endividamento.
No começo pode ser difícil, mas os resultados compensam
Sim, sacrifícios iniciais serão necessários para quem quer encarar as finanças pessoais a sério. Isso aconteceu comigo e não me arrependo porque os resultados são mais do que recompensadores. No seu planejamento, depois que se livrar das dívidas e tiver seu compromisso de investimento mensal sendo cumprido, reserve uma porcentagem do seu ganho líquido mensal (entre 5% e 10%) para pequenos prazeres. E torne todos os seus desejos em metas para só adquirir depois que tiver o dinheiro em mãos.
Por exemplo, você quer um celular novo? Além do seu investimento mensal para a reserva de emergência, comece a investir determinado valor para adquirir o aparelho. Não vá à loja e faça parcelamento; faça o caminho oposto. Pode até ser que, quando vir que tem um dinheiro a mais guardado e sentir o quanto isso é positivo, você mude seu objetivo de consumo e não se importe tanto mais em adquirir aquele objeto, mas queira aumentar a sua capacidade de investimento para alcançar sua independência financeira (veja aqui) – que pode até estar distante no momento que você olhar sua realidade, mas que pode ficar cada dia mais perto dependendo de você.
Viver um degrau abaixo
Você não precisa abrir mão de tudo na vida só para ter “dinheiro guardado”, como o Tio Patinhas (veja aqui), mas não há dúvida de que viver um degrau abaixo de sua capacidade financeira (veja aqui) contribui para você avançar na construção de suas reservas financeiras (investimentos). Muitas vezes as pessoas gastam sem necessidade ou além de sua possibilidade para impressionarem alguém, para mostrarem que são bem-sucedidas, para compensarem frustrações, para não serem chamadas de muquiranas, para serem aceitas num grupo etc. Mas elas não deveriam esquecer que, no fim das contas, ninguém tem nada a ver com vida delas, que serão as únicas responsáveis e que precisão pagar os gastos desnecessários que fizeram. Se esse for seu caso, mude enquanto é tempo, independentemente de sua idade e de sua condição socioeconômica.
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(Escrito por Amandina Morbeck)
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