Como cuidar melhor do seu dinheiro com uma prática bem simples

Hoje, quero deixar uma dica de como cuidar melhor do seu dinheiro com uma prática bem simples: dividir suas obrigações financeiras ao longo do ano em parcelas. Mas para isso você precisará, primeiramente, elaborar seu orçamento para os 12 meses seguintes – independentemente do mês que você resolver que é hora de olhar para suas finanças sem maquiagem. Digo isso porque apenas por meio de um orçamento bem elaborado – seja ele feito em planilha de Excel, num caderno ou numa folha de papel – você terá o raio-X de sua realidade financeira e poderá planejar a partir dele. Afinal, você precisa saber de onde vem e para onde vai seu dinheiro nos grandes e nos pequenos gastos.

Reserva de emergência em primeiro lugar

“Ai, que chatice, lá vem a Amandina com essa história de reserva de emergência novamente.” (rs) Você até pode pensar assim mesmo se já leu outros posts meus nos quais menciono a necessidade desse primeiro passo no cuidado com as finanças, mas a insistência tem um motivo: sem ela, você fica desprotegido(a), uma vez que imprevistos que exigem gastos emergenciais acontecem na vida de todo mundo e não mandam recado. Se você ainda não alcançou o valor estabelecido para essa reserva, a parcela mensal para isso deverá estar no seu orçamento como prioridade.

Como funciona o “parcelamento” de suas obrigações financeiras no futuro

Você paga seguro de automóvel, IPVA e IPTU? Também tem anuidades profissionais, material escolar, matrícula e uniforme no orçamento? Costuma dar presentes de Natal? Viaja nas férias?

Pois bem, se você já tem uma previsão de quanto terá de pagar por essas despesas, por que não começa a juntar o dinheiro ao longo dos meses para pagá-las de uma vez (com desconto) ou, se não conseguir a quitação, pelo menos amortiza o que terá de tirar de seus ganhos na época de vencimento?

Por exemplo, digamos que o seguro do seu automóvel vence em setembro e, com base no que você pagou no ano anterior, terá de desembolsar em torno de R$ 1.200,00. Estamos em dezembro ainda, ou seja, você tem nove meses à frente. Se dividir R$ 1.200,00 por 9 o resultado são R$ 134,00 mensais, que poderão ser investidos num Tesouro Selic ou num CDB diário com 100% do CDI para quitação dessa despesa lá na frente.

Se o IPVA em janeiro de 2021 (já que para o mês que vem em 2020 pode ser que você não guardou para isso) custar, também baseado no ano anterior, uns R$ 2.000,00, divida esse valor por 12 e terá de guardar mensalmente R$ 167,00. Para os presentes de fim de ano, que é sempre melhor comprar um ou dois meses antes, digamos que você gaste R$ 600,00. Se for comprar em outubro, basta dividir esse valor por 10 e terá apenas R$ 60,00 mensais. Se para sua viagem de férias você planeja gastar R$ 5.000,00, é só dividir esse valor pelos meses que tem à frente e ir guardando. E assim sucessivamente.

Dessa forma, você não se aperta, uma vez que nenhum desses exemplos citados são despesas inesperadas ou emergenciais – e se houver algo inesperado, você terá de onde tirar: da reserva de emergência – lembrando que o valor retirado deverá ser sempre reposto.

Importante: o investimento para pagamento de dívidas futuras deve ser feito em conta separada dos outros objetivos. Como é possível abrir conta em diferentes corretoras ou em bancos digitais que paguem 100% do CDI em CDB diário, escolha um(a) para receber seus aportes mensais para esse fim específico. Não perca mais um minuto para começar a olhar suas finanças com o cuidado necessário para ter uma vida mais tranquila no presente e no futuro.

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(Escrito por Amandina Morbeck | Foto: Miesha Moriniere/Pexels)

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