Ganhar muito dinheiro não é garantia de estabilidade financeira

Hoje, no site Money Times, li um artigo de André Zara sobre algo que sempre falo: ganhar muito dinheiro não é garantia de estabilidade financeira. Ele escreve sobre pessoas que ganharam muito e em pouco tempo estavam quebradas. E isso poderia ser evitado se elas tivessem uma boa base de educação financeiro ou contassem com a ajuda de profissionais para elaborar um bom planejamento financeiro.

Exemplos como o que André cita (uma ex-ganhadora do BBB e jogadores americanos de futebol e de basquete) jogam por terra um discurso bem batido quando falamos sobre dinheiro: “Não consigo economizar porque ganho pouco. Se ganhasse mais, certamente sobraria e eu teria dinheiro guardado”.

A questão não é “se” sobrar, mas “fazer” sobrar

Nossas escolhas diárias determinam nossa capacidade de economizar e, posteriormente, de investir (porque também não adianta apenas poupar sem fazer o dinheiro render). Cada “sim” para gastos desnecessários ou sem planejamento, para compras por impulso, para parcelamentos no cartão de crédito ou em carnês, para financiamentos e para empréstimos nos leva para mais longe do equilíbrio financeiro e da possibilidade de vivermos com mais tranquilidade no presente e no futuro.

Portanto, o hábito de poupar deve contemplar no mínimo 10% dos ganhos, mas essa porcentagem deve aumentar com o passar do tempo, principalmente à medida que gastos desnecessários são cortados e dívidas (se existirem) forem quitadas. Cada vez que uma despesa ou uma dívida deixa de fazer parte do orçamento, essa sobra não deve ser utilizada para outros gastos sem planejamento, mas para aumentar os investimentos em busca, inicialmente, da formação da reserva de emergência e, futuramente, da conquista da independência financeira.

Cuidar do próprio dinheiro é muito importante

O universo das pessoas muito ricas – milionárias e bilionárias – é muito pequeno e muitas delas alcançaram essa posição graças aos próprios esforços ao longo dos anos. Mas o bem mais precioso que essas pessoas adquiriram foi o conhecimento para compreenderem que poderiam usufruir de sua condição confortável (como Bill Gates, Warren Buffett, o brasileiro Jorge Paulo Lehman, entre tantos outros) sem perder de vista o cuidado que devem ter com o próprio dinheiro. Esse bem que é incrível para garantir uma vida melhor e também para compartilharmos com outros, mas que pode desaparecer muito rapidamente, dependendo da forma como lidamos com ele.

O que podemos fazer no nosso dia a dia, como parte de um universo bem maior de pessoas que têm ganhos menores, é nos munirmos de informação para cuidarmos das nossas finanças de forma a garantir que, independentemente do quanto ganhamos, ainda assim consigamos ter pelo menos uma reserva de emergência.

Olhe para suas contas sem medo, elabore seu orçamento mensal para os próximos 12 meses, veja a realidade de sua situação financeira – como o dinheiro entra e como ele sai de suas mãos – e mude enquanto ainda tem tempo, seja qual for a sua idade.

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(Escrito por Amandina Morbeck) | Foto: Maitree Rimthong/Pexels)

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