Mudanças no Pix a partir deste mês de outubro

O Banco Central decidiu implementar mudanças no Pix a partir deste mês. As medidas são para diminuir os riscos aos correntistas e tornar as transferências mais seguras, coibindo as ações das quadrilhas do Pix, os sequestros-relâmpago (que aumentaram em 100% em São Paulo desde o lançamento desse serviço) e as fraudes monetárias. Os bancos e as instituições financeiras têm o prazo até 4 outubro para se adequarem.

O que mudou

1. Limite máximo de R$ 1.000 para transações entre pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEI) entre 20h e 6h. O limite de cada horário poderá ser customizado pela pessoa.

Atenção: a) esse limite e a possibilidade de sua alteração valerão também para TED, para transferência entre contas do mesmo banco e para saques com cartões de débito e b) não há limite para transações de pessoas físicas para empresas (pessoas jurídicas).

2. Instituições financeiras devem permitir que os clientes cadastrem previamente contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos.

3. Bancos terão prazo de no mínimo 24 horas e no máximo de 48 horas para efetivar pedido de aumento de limite de transações feito pelo site ou pelo aplicativo do banco – antes, esse prazo variava entre 1 hora e 1 dia útil.

4. Queda na rapidez para completar a transação se a instituição detectar algo de estranho, variando entre 30 minutos durante o dia e 60 minutos à noite – atualmente, o tempo médio é de 40 segundos.

5. Contas suspeitas de fraude serão sinalizadas ao usuário com base nos dados do Diretório de Identificados de Contas Transacionais (DICT).

6. Se o usuário cair em golpe, os bancos serão obrigados a fornecer os dados dessas transações suspeitas para autoridades de segurança pública, a avisar o Comitê de Auditoria ou o Conselho de Administração e disponibilizar essas informações ao Banco Central.

O sistema do Pix é muito seguro; o problema é o Brasil

Comunicado do Banco Daycoval aos clientes.

Rodrigoh Henriques, líder de inovações financeiras da Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) e coordenador do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT Lab) reconhece que, do ponto de vista tecnológico, não existe nada mais seguro do que o Pix; o problema está nos ataques que têm relação com questões sociais e a segurança pública, como roubos e sequestros-relâmpago – que são problemas sérios e preocupantes. Daí a decisão do Banco Central de implementar essas mudanças com o intuito de diminuir os riscos e os prejuízos aos usuários desse serviço.

Novas mudanças a caminho

A partir de 16 de novembro teremos novidades, como bloqueio cautelar, que possibilita a suspensão da conta por até 72 horas em casos de suspeita de fraude. Com isso, os bancos poderão analisar se realmente houve fraude, aumentando a possibilidade de recuperação dos recursos por quem foi vítima do crime. Nesses casos, os clientes devem ser imediatamente comunicados sobre o porquê a conta foi bloqueada.

Tudo o que for possível ser feito para garantir mais segurança ao usuário é sempre bem-vindo, mas infelizmente os criminosos também se atualizam. De qualquer forma, o avanço tecnológico no sistema financeiro brasileiro é um caminho sem volta que deve ser celebrado e avançará cada vez mais, pois não há como negar que todas as transformações nessa área facilitaram nossa vida. Hoje, podemos fazer praticamente todas as transações bancárias na palma da mão, gastando menos tempo e menos recursos, economizando tarifas e outros gastos com deslocamento, por exemplo, além da rapidez nos processamentos.

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Escrito por Amandina Morbeck | Imagem: Reprodução

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