Número de brasileiros endividados bateu novo recorde em agosto

Em agosto, o número de brasileiros endividados bateu novo recorde: 72,9%* – esse resultado corresponde aos 12 meses de agosto/2020 a agosto/2021. O que isso significa? Que esse é o percentual de famílias que têm alguma dívida, conforme divulgação feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), um universo de quase 12 milhões de famílias. É gente pra caramba! E esse é o maior índice desde 2010, quando essa entidade começou a realizar a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor.

*Atualização: Nos 12 meses de setembro/2020 a setembro/2021 um novo recorde: 74% de brasileiros endividados. 

Ao mesmo tempo, a concessão média de crédito aos consumidores cresceu 19,2% no primeiro semestre deste ano, que também é a maior taxa desde 2013. Isso é bastante contraditório e indica que, em meio ao aumento do desemprego e à elevação da taxa de inflação, as pessoas continuaram a se endividar ainda mais.

Endividamento é diferente de inadimplência

Endividamento -> comprometimento com o pagamento de determinado valor no futuro.

Inadimplência -> não pagamento do valor devido até a data de seu vencimento; em outras palavras: contas vencidas e não quitadas.

Nesse universo da inadimplência estão 25,6% das famílias – dados também de agosto de 2021.

Planejamento financeiro é fundamental em qualquer situação

Uma pessoa endividada pode acreditar que a única maneira de sair da situação difícil na qual se encontra é fazendo mais dívida, como por exemplo, recorrendo a empréstimo bancário, continuando a usar cartão de crédito ou incorporando o cheque especial ao seu ganho mensal. Mas o que acontece é o oposto: ao continuar com essas práticas o endividamento só aumenta.

Por isso a importância de pisar no freio em relação a gastos e começar a estruturar um planejamento financeiro, cujo primeiro passo é a elaboração do orçamento, que é um processo bem simples no qual é preciso listar (numa planilha, num caderno ou numa folha de papel), por mês, a(s) entrada(s) e as saídas de dinheiro e deve contemplar 12 meses. Ou seja, não basta listar apenas um mês; é preciso estar preparado para o que vem à frente e fazer ajustes para sair do vermelho, como: a) parar de fazer novas dívidas; b) gastar com o necessário e não por impulso; c) cortar supérfluos; d) quitar o mais rapidamente possível o que conseguir; e) renegociar dívida, se for o caso; e f) trocar dívida mais cara por outra mais barata, entre outros.

Acima de tudo, viver com dívidas gera estresse e ansiedade e impede a realização de sonhos e de planos, o que detona a qualidade de vida e o bem-estar. Ter controle financeiro gera tranquilidade e aumenta a sensação de segurança no presente, além de ajudar a projetar um futuro mais promissor. Como você prefere viver?

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Escrito por Amandina Morbeck

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