Tesouro Selic terá isenção de 0,25% ao ano para saldo até R$ 10.000,00

A partir do dia 1º de agosto de ano o Tesouro Selic terá isenção de 0,25% para saldo até R$ 10.000,00. Esse percentual corresponde à taxa de custódia cobrada pela B3 (Bolsa de Valores) e sua suspensão beneficiará 53% dos investidores (689.000 até o presente) nesse título. Lembrando que seu referencial é a taxa Selic, que nesta data (24/7/2020) está em 2,25% ao ano e sua definição acontece em oito reuniões ao longo do ano, realizadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Mas e quem tem mais do que R$ 10.000,00 investidos? Haverá benefício também, pois terá a isenção até esse montante e pagará 0,25% ao ano sobre o que superá-lo. Por exemplo:

R$ 10.000,00 –> isentos
R$ 12.000,00 –> R$ 10.000,00 isentos | cobrança de 0,25% ao ano sobre R$ 2.000,00
R$ 20.000,00 –> R$ 10.000,00 isentos | cobrança de 0,25% ao ano sobre R$ 10.000,00

Essa é a segunda vez que a B3 e o Tesouro Nacional fazem alteração na taxa de custódia. Em janeiro de 2019, ela caiu de 0,30% para a atual de 0,25% ao ano para todos os títulos, independentemente do valor investido.

Tesouro Selic é a melhor opção?

Com essa notícia você pode estar se perguntando se Tesouro Selic agora é a melhor opção. Certamente que quanto menos taxas houver nos investimentos, melhor. Mas isso não significa que o simples fato de não haver cobrança até R$ 10.000,00 transforma esse produto em primeira escolha.

Primeiro, é preciso considerar o principal propósito desse investimento, que é a formação da reserva de emergência – se você não sabe o que significa, veja neste link – e depois que esse montante for alcançado, é hora de partir para investimentos mais rentáveis. Mas mesmo para esse fim é preciso analisar outras possibilidades no mercado financeiro e fazer contas. Por exemplo, em bancos digitais é possível encontrar CDB com liquidez diária, que tem a taxa DI (hoje em 2,15% ao ano) como referencial, com rentabilidade bem mais interessante, chegando a até 110% da taxa DI ou 2,36% ao ano (e CDB, até R$ 250.000,00, tem proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) – veja detalhes aqui.

Escolher investimentos é a última parte

Para finalizar, é importante lembrar que antes de pensar em investir você precisa ter um projeto de vida por meio de um planejamento financeiro (veja aqui). Conhecer em profundidade sua situação financeira presente, fazer ajustes, diminuir despesas, definir objetivos de curto, médio e longo prazos e conhecer seu perfil de investidor são os passos anteriores às escolhas de produtos ou ativos financeiros para investimento. Pensar apenas em investir é como colocar o carro na frente dos bois. É fundamental saber por que e para que você vai investir.

(Acesse aqui a lista com todos os posts publicados no blog do Você e seu Dinheiro.)

Escrito por Amandina Morbeck

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